Nossa
missão é
somar sempre

Startups: Qual o momento certo para buscar investimentos

CEOs contam como os aportes podem ajudar em diferentes etapas do processo de empreender

Começar um negócio quer dizer paciência. Após o investimento inicial, o tempo de Return on Investment (ROI) pode demorar meses e até anos, dependendo de quanto foi investido e do sucesso do empreendimento. Por essa razão, um movimento comum, especialmente entre startups, é o de buscar novos investidores, a fim de sustentar o negócio até ele alcançar o lucro, acelerar os resultados e diluir o risco.

Conheça quatro situações em que um investimento pode ser a solução para os negócios:

Start

Dar a partida inicial é uma das partes mais difíceis para começar um negócio, e contar com o auxílio de um investimento pode fazer toda a diferença. Com a Área Central — que é especialista em tecnologia para redes e centrais de negócios — não foi diferente. Desenvolvida inicialmente dentro de outra empresa por intraempreendedores, a plataforma de gestão de redes e centrais de negócios se tornou a principal solução da scale up, que nasceu em 2012, e na mesma época recebeu um investimento do fundo HFPX e de um Investidor-Anjo, tornando a empresa cada vez mais escalável. Jonatan da Costa, CEO e cofundador da Área Central conta que esse investimento foi decisivo para o início das operações: “foi por meio do investimento que conseguimos consolidar a Área Central e, hoje, seguimos um caminho de aprimoramento e escalabilidade da nossa solução”.

Aceleração

No caso da Motoboy.com, cuja missão é a de realizar entregas ultrarrápidas (em até 2 horas), o investimento inicial de R$ 50 mil foi essencial para o ponto de partida, em 2013. Com esse capital, foi possível adquirir o domínio oficial da plataforma, que caracteriza a marca até hoje. Ao longo dos anos seguintes, receberam aproximadamente R$ 1,5 milhão em aceleração. Esses investimentos ajudaram na consolidação do negócio, que começou a andar com as próprias pernas em 2019. “Nosso último aporte foi em 2018. Passamos o ano seguinte sem dinheiro de injetado”, lembra Jonathan Pirovano, CEO da startup. “Operamos só com o que a gente faturava e, nesse formato, tivemos mais foco no core do negócio, alcançamos o break-even e crescimento de escala”. O momento de consolidação fez a logtech alcançar mais de 130 mil usuários cadastrados e mais de 33 mil entregas e coletas mensais em todo o Brasil. “Para 2020, estamos abertos a possibilidades de investimentos para uma nova etapa na Motoboy.com”, revela Pirovano.

Expansão

Outro exemplo é a myTapp, startup de Florianópolis (SC) pioneira em autosserviço de chope no Brasil. Criada em 2015 pelos irmãos Mateus e João Paulo Bodanese com capital próprio de R$ 50 mil, a empresa só recebeu seu primeiro investimento-anjo milionário no final de 2019, quando já faturava sozinha R$ 5 milhões ao ano. Para crescer, foi fundamental contar com duas aplicações anteriores de R$ 85 mil (cada) e ter um produto feito sob medida para atender as necessidades do mercado, com grande potencial de retorno e a cobrança de um valor razoável pela solução. O recente aporte, de R$ 1,2 milhão, foi liderado pela 42K Investimentos com outros investidores, e está sendo utilizado para criar novos produtos, aumentar a força das áreas comercial e de marketing e elevar a produção em lotes, reduzindo os custos com matéria prima. “A myTapp já estava capitalizada e com este reforço financeiro será possível triplicar a carteira de clientes, dos atuais 160 para cerca de 500 até o fim do ano, além de gerar faturamento na casa dos R$ 7,6 milhões no período”, projeta Mateus Bodanese, CEO da myTapp.

Internacionalização

Por 10 anos, a empresa de tecnologia Involves, que desenvolve soluções para gestão de trade marketing, funcionou como bootstrapped, ou seja, uma startup sem investimentos e mantida com recursos próprios. O primeiro aporte foi em 2019, no valor de R$ 23,5 milhões pelo fundo Bridge One, em operação assessorada pela LKC Capital, de Santa Catarina. “Com a consolidação do negócio, recebemos esse aporte para impulsionar a expansão comercial em toda a América Latina, reforçando nossos times no México e na Colômbia, além de acelerar a comercialização de uma suíte de novos produtos voltados ao sucesso da indústria e do varejo”, explica o CEO André Krummenauer. A scale-up hoje conta com mais de 250 colaboradores nas sedes de Florianópolis, São Paulo, Cidade do México e Bogotá. Além do Brasil, opera em mais 20 países. No último ano a empresa registrou crescimento de 50% no faturamento, ultrapassando os R$ 40 milhões em receita recorrente.